09 agosto 2015

Aquela Música

E eu precisa ouvir aquela música, a música em que eu ouvi inúmeras vezes no meio da noite pra tentar entender o que havia acontecido com você, comigo, com a gente. Eu precisava saber se ela ainda tinha efeito sobre mim, eu precisava mais uma vez, em mais uma noite, saber de uma vez por todas se você ainda corria nas minha veias.

O que me impressiona é como as coisas para você possam ter corrido tão bem, tão depressa e de forma simples, como se não tivesse acontecido um passado, como se sua vida estivesse zerada e o que vivemos foi apagado. CTRL+A, delete!

Era tanto amor, que virou indiferença, ligações não atendidas, mensagens sem retorno, o celular na mão e um coração esperançoso. Eu te conhecia na palma da mão e por anos sentia a nossa conexão firme e sem ruídos, mas o acaso deu seu jeito para nos deixar dispersos e pareando no ar. O que nos tornamos?

Olhares que se desviavam, verdades mal contadas, conversas tortas e um sentimento de vazio.  O mesmo caminho que nos uniu foi o mesmo que nos separou, o mesmo lugar, o mesmo horário e os sentimentos jogados no chão. Eu te dei a mão e você mal conseguia me olhar nos olhos. Era o fim.

E eu te pedi, feito Liam Gallagher em Don't Go Away pra ficar, pra ficar pra sempre e mais um dia durante o tempo da minha vida. É um processo. É fase. Passa, sempre passou, e porque não ia passar agora? Sentir demais transborda e eu transbordei amor.

Qualquer música se fazia nossa, mas essa música, foi a que o destino não nos deixou ouvir juntos, a música que eu hoje escuto só.